A história do poker no Brasil e no DF. A minha história… – Parte 1

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A história do poker no Brasil possui várias versões, vários olhares… A história de cada um dos personagens, sejam jogadores, empresários, dão uma dimensão do que já foi e de como chegamos em 2016. Segue a minha versão, que também é a minha história:

O ano era 2000, estudava Jornalismo na Universidade de Brasília, e meu primo André que fazia economia tinha uma turminha que jogava o five card draw (poker fechado). Um dia eu chego à casa do André e a galera estava jogando “poker”. Eu não tinha a menor ideia do que se tratava. Logo percebi que se tratava de um jogo de apostas em que todos riam muito, e parecia realmente muito divertido. Havia um local em que estavam os valores apostados: moedas, passes escolares, chiclete, enfim… A galera não tinha dinheiro, então tudo era aceito. Um dos objetos me chamou a atenção no meio das bugigangas. Um chinelo estava no meio das moedas e tudo mais.

Então eu perguntei para a turma: O que esse chinelo faz aqui? Alguém diz: O Ramires (um outro primo) apostou o chinelo e perdeu. Obviamente todos riram. Ou seja, o jogo era divertido demais e obviamente me pegou.

Formamos então uma turminha que jogava regularmente o poker fechado. Aos poucos alguns trouxeram algumas variações do jogo como o “Stick Poker” que era onde o bicho pegava e as apostas eram altas. Semelhante ao jogo hoje em que todo mundo quando joga um mixed game entre Texas e Omaha, e defende a mudança do jogo apenas para o Omaha para ter mais action quando o jogo avança. Ocorria o mesmo na época. Chegava uma hora em que todo mundo só queria jogar o “Stick”.

As histórias de “home games” são as mais engraçadas e divertidas. É o verdadeiro poker. Vale mais o ego de não perder para um amigo. De contar para a namorada que está gastando o dinheiro do “fulano”. E da zoação no geral. Lembro uma vez de ir ao Giraffas em 2001 com meus primos, o André e o Ramires, havíamos virado a noite jogando poker fechado e “Stick”. E o Ramires tinha perdido mais uma vez com seu estilo “maníaco”. Todos éramos estudantes e quebrados na época e digo para a Caixa do Giraffas:

– Vou pedir outra coisa hoje. Qual é o prato mais caro? Ok. O dinheiro não é meu mesmo! Kkk  ( Obviamente meu primo ficou puto).

Então fica a dica: Nunca deixe de se divertir quando você virar um jogador regular, afinal você virou um “reg” porque acha o poker divertido. O dia que eu me divirto mais é quando eu participo de um “home game” com amigos. São os melhores. Então: Divirta-se!

Em 2004, caiu em minhas mãos o filme Cartas na Mesa. Descobri o No Limit Texas Hold`em e a partir disso tudo mudou e começa uma nova história que eu continuarei na Parte 2.

Abraço

Humberto Alencar

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